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"Conheça os inimigos do desejo!"

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O desejo sexual sofre flutuações ao longo das fases da vida feminina adolescência, idade fértil e menopausa motivadas por diferenças nos níveis hormonais, explica-nos Maria do Céu Santo, ginecologista do Hospital de Santa Maria e responsável pelo núcleo de Medicina Sexual da Sociedade Portuguesa de Ginecologia. “Mas também assenta na memória boa ou má da experiência sexual.

O desejo sexual resulta do equilíbrio entre a parte física e a psicológica. Alguns estudos recentes apontam para o facto de ainda ser mais comum nas mulheres, mas hoje sabemos que o homem não é a bomba de testosterona, sempre pronto para o sexo, que julgávamos até aqui.”

Mas como se mede a quebra de desejo? Até porque a vontade de fazer amor varia de pessoa para pessoa e até entre parceiros. “A perceção de desejo sexual diminuído pode existir em relação a um parceiro que tem mais desejo, mas também pode derivar da comparação que a pessoa faz com o seu desejo prévio agora tem menos desejo do que o que costumava ter”, diz Patrícia Pascoal, psicóloga e sexóloga clínica responsável pela consulta de Sexologia da Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa. “O próprio conceito tradicional de desejo sexual tem sido posto em causa, pois está bastante associado à excitabilidade sexual. Para cerca de um terço das mulheres o desejo aparece quando se sentem estimuladas ou excitadas, ou seja, responde a um estímulo externo claramente identificado. Por isso, a utilização do termo ‘Interesse sexual’ tem sido preferida a ‘desejo sexual’.”

Interesse sexual e capacidade de sentir orgasmos não são o mesmo. “Muitas pacientes relatam que, no início, nem têm vontade de fazer amor, mas quando se deixam estimular pelo parceiro atingem a excitação e o orgasmo”, observa a ginecologista.

Patrícia Pascoal lida em primeira mão com o turbilhão de sentimentos que a libido diminuída desencadeia. “Na minha consulta, a maior parte das mulheres apresenta uma grande necessidade de se adequar à norma, a uma ideia construída, por elas e pelo meio, de que a mulher contemporânea saudável é hipersexual, que o desejo emerge sempre espontaneamente e sobrevive aos constrangimentos e alterações do meio. Encontro, e tenho trabalhado muito, as questões de imagem corporal, das expectativas e comunicação sexual dentro da relação (quando esta existe). Ao aumentar a desinibição sexual, muitas vezes aumentamos também o autoconhecimento e o interesse.”


O corpo aos comandos

A ginecologista enumera as principais razões fisiológicas que conspiram contra o desejo:

• Desequilíbrios hormonais: Várias hormonas influenciam o desejo sexual. Um exame clínico prescrito pelo ginecologista pode despistar desequilíbrios. “A testosterona é a principal. Existem terapêuticas de substituição hormonal, indicadas na menopausa, que a contêm em baixa dose. A DHEA (dehidro-epiandrosterona), o estrogénio e progesterona – embora nem todos os estudos provem a influência direta destas duas –  e alterações na tiroide também podem afetar o desejo.”

• Doenças: Infeções vaginais e urinárias, depressão, hipertensão, diabetes (sobretudo em estados mais agravados). As duas últimas afetam muito menos as mulheres.

• Medicamentos: Nas mulheres que não tomam a pílula o desejo é mais acentuado na fase da ovulação e, porque este é um medicamento que a inibe, a sua toma pode traduzir-se numa quebra de desejo. Alguma medicação para a hipertensão, alguns antidepressivos e medicamentos para a diabetes também estão no rol.

• Amamentação: Estimula a produção de prolactina, hormona necessária à produção de leite, que diminui o desejo.

• Menopausa: “Em geral, as alterações hormonais desta fase interferem com o desejo, diminuindo-o, bem como a excitação sexual e até a qualidade do orgasmo. As pregas que existem no interior da vagina desaparecem e as paredes vaginais alisam-se, originando uma certa atrofia e secura. Isso, por vezes, provoca dor.” Durante esta fase, também não é raro diagnosticar-se atrofia do clítoris. “Ele tem um prepúcio, tal como o pénis, mas enquanto os homens tracionam o seu durante o sexo, o mesmo não acontece com as mulheres e ele pode ficar agarrado ao clítoris. Em consultório, tento separá-lo até com a ajuda de um cotonete. A sensibilidade e excitação aumentam.”

A libido também se trata:

• Avalie a terapêutica hormonal de substituição: “Pode melhorar o quadro geral da mulher e o desejo, em particular, desde que não exista contraindicação”, diz a ginecologista. 

• Já faz cosmética vulvar? “É necessário fazê-la, tal como se faz a cosmética facial”, aconselha Maria do Céu Santo. “A vagina não deve ser lavada com sabão, ou secará. Há hidrantes e cremes com estrogénio que o médico poderá receitar. Depois dos filhos nascerem, algumas mulheres têm uma dor ligeira no local onde foi feita a episiotomia e há cremes que aumentam a elasticidade dessa zona, diminuindo o desconforto.”

• O seu contracetivo é o melhor? “As mulheres em idade fértil precisam ponderar o tipo de planeamento familiar que estão a fazer. Há pílulas que diminuem menos a libido que outras, mas também há soluções alternativas, como o dispositivo intrauterino.”

• Procure a ajuda da Sexologia Clínica: Os métodos variam e usam “abordagens dirigidas aos pensamentos, comportamentos e emoções, tendo em conta o contexto de vida e relação da pessoa”, explica Patrícia Pascoal. “São intervenções habitualmente curtas e muitas vezes multidisciplinares. Integro também componentes da biblioterapia [literatura indicada ao paciente sobre o tema] e a técnica do psicodrama, pois têm um efeito muito positivo em algumas situações.”

• Explore os acessórios sexuais: “À partida, a utilização de acessórios que potenciem o prazer e satisfação pode ter um impacto positivo no desejo”, diz a psicóloga clínica. 

“Mas não se deve passar a mensagem de que para ter desejo ou prazer se deve utilizá-los, pois pode fazer com que muitas mulheres usem ou procurem acessórios quando ainda não estão confortáveis com o seu corpo ou a relação. Então, o efeito é exatamente o oposto: sentem-se mais incapazes e inadequadas.”

publicado em 2013-10-27

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